08 abril 2011

Cochonilha rosada

Detectada a cochonilha rosada no estado de Roraima. Considerada até então quarentenaria A1 para o Brasil, a cochonilha rosada, conhecida pela sua coloração, tem como centro de origem a Índia, de onde espalhou-se para várias regiões do mundo. Atualmente encontra-se na Austrália e ilhas do pacífico, Ásia, Oriente Médio e África.
Em 1995 foi relatada em Granada, espalhando-se rapidamente em 16 ilhas da região do Caribe e em 1997 foi detectada na América do Sul, na Guiana. Em 1998 foi encontrada em Martinica e Guadalupe.
Anunciada previamente pelos especialista que a sua entra no Brasil era somente uma questão de tempo, a previsão acabou se confirmando.   Primeiro porque o pais oferece condições climáticas favorável ao estabelecimento e desenvolvimento desta praga em todo o território nacional, segundo porque o brasil apresenta uma vasta lista de especie vegetal hospedeiras primárias da praga cujo cultivo abrange todo o território nacional e por último pela própria fragilidade do sistema de vigilância nacional responsável pelo controle.
A cochonilha, cujo nome cientifico é Maconellicoccus hirsutus, é um inseto altamente polífago e que ataca mais de 353 espécies de plantas de importância economica, entre elas estão aquelas pertencentes aos grupos das frutíferas, hortícolas, silvícolas e ornamentais, tais como: manga, mamão, maçã, citros, uva, goiaba, figo, abacate, carambola, coco, banana, maracujá e, ainda, tomate, tamarindo, pepino, abóbora, pimenta, jiló, alface,moranga; hibisco, primavera, cróton, alamanda, ixora, antúrio, helicônia, scheflera, lantana e fícus, entre inúmeras outras. Além disso, culturas importantes para o Brasil, como algodão e café, são também infestadas por essa praga.
Em função do alto risco e do perigo que representa para a agricultura nacional, o ministério da Agricultura emitiu um Alerta fitossanitário, recomendando a todos os órgãos de defesa sanitária dos estados, vigilância redobrada na fiscalização de todos os produtos oriundos do estado de Roraima, bem como dos estados vizinhos.
O Ministério da Agricultura deverá repassar orientação especifica sobre os procedimentos que deverão ser implementados pelos órgão de defesa para o seu controle.
Enquanto isso, produtos oriundos deste estado somente poderão ingressar em SC acompanhadas de  PTV cuja declaração deverá constar que a partida é livre da praga.

Eng. Agrônomo Osmar Volpato

30 abril 2010

Engenheiros agrônomos recebem treinamento para identificação e controle de doenças da batata



O Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Canoinhas (SC) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) promovem nos dias 4 e 5 de maio um curso de treinamento de engenheiros agrônomos para emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO).

Durante o evento, serão abordados temas como a identificação de doenças viróticas, fúngicas, bacterianas e nematóides, bem como a diferenciação entre doenças fisiológicas e patogênicas. A expectativa é treinar cerca de 30 engenheiros agrônomos, que após o curso receberão o certificado de habilitação para identificação de doenças de batata e estarão autorizados a emitir o documento CFO.

“Muitas vezes a economia do país pode sofrer danos econômicos com a infestação de uma doença ou praga que se alastra pelo país e contamina outras regiões isentas, causando grandes danos na produção e qualidade do produto agrícola. Isso aconteceu recentemente com a ferrugem asiática de soja e com a vespa do pinus”, destaca o pesquisador Elcio Hirano, do Escritório de Negócios de Canoinhas.

De acordo com ele, para evitar esse problema, os produtos de origem vegetal, quando comercializados e transportados dentro do país ou exportados, devem estar livres de doenças e insetos que podem infestar outras regiões. “Por isso, o engenheiro agrônomo deve inspecioná-los e emitir um certificado fitossanitário de origem – CFO”, explica Hirano.

No caso da batata, diversas pragas já contaminaram regiões novas de produção devido ao alastramento de doenças como a provocada pelo vírus de necrose do tubérculo e a sarna pulvurulenta, entre outras. No caso das sementes, as cargas são acompanhadas de certificados ou termos de conformidades de sementes.

Já os produtos importados vêm acompanhados de certificados fitossanitários internacionais para pragas e doenças quarentenárias. Mas para os produtos agrícolas nacionais, como a batata para consumo, nunca houve emissão de um documento que comprovasse isenção das doenças da região de origem do produto.

O treinamento para emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) é financiado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e será realizado na sede do Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Canoinhas, no Km 227 da rodovia BR-280.

A organização do evento está por conta do engenheiro agrônomo Osmar Volpato, da CIDASC de Florianópolis, e os professores serão os pesquisadores César Bauer, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas – RS); Carlos Alberto Lopes e André Nepomuceno Dusi, ambos da Embrapa Hortaliças; Nilceu Nazareno, do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR); e Elcio Hirano, do Escritório de Negócios de Canoinhas.

22 agosto 2009

Custos das ervas daninhas para a agricultura

Erva daninha causa danos superiores a R$ 175 bilhões anuais
A agência da ONU aponta que a erva daninha é uma das responsáveis pela fome no mundo. Nos preços atuais, o prejuízo causado pela erva daninha equivale a 380 milhões de toneladas de trigo, o que significa mais que a metade da produção do mundo esperada neste ano.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), anunciou no último dia 11 que a erva daninha é uma das responsáveis pela fome no mundo. Segundo o especialista cubano Ricardo Labrada-Romero, a planta indesejada age durante o ano inteiro, sendo considerada a inimiga número um dos agricultores.
Uma pesquisa liderada pela organização ambiental Land Care of New Zealand constatou que a erva daninha é responsável por um prejuízo na produção de alimentos global de US$ 95 bilhões por ano, o equivalente a pouco mais de R$ 175 bilhões.
O valor é mais que o dobro do que é gasto com danos causados por insetos, calculado em US$ 46 bilhões, e superior até mesmo à quantia destinada às perdas devido a patologias, estimada em US$ 85 bilhões.
Nos preços atuais, o prejuízo causado pela erva daninha equivale a 380 milhões de toneladas de trigo, o que significa mais que a metade da produção do mundo esperada neste ano.
A Embrapa Cerrados , coloca à sua disposição as publicações referentes aos trabalhos desenvolvidos por este centro de pesquisa.